A Semântica da Inteligência
Do que estamos falando?
Quem nunca entrou na internet procurando algo, mas acabou sendo direcionado para um outra coisa diferente, porém que serviu melhor do que se desejava inicialmente?
A tecnologia que possibilita tal interatividade entre o “real desejo” do usuário e rede recebe a alcunha de “Web Semântica”, que consiste na organização das informações contida neste universo, de modo que não só os seres humanos possam entender, mas principalmente as máquinas.
A história não mente
Olhando para os primórdios de internet, mais precisamente no início do seu uso civil, o que tínhamos eram sites de conteúdo estático, que basicamente tratavam-se de diretórios de links, onde se tinha pouca interatividade ou nenhuma entre os internautas.
Essa foi a era do e-mail, dos motores de busca simplistas e uma época onde todo site tinha uma seção de links recomendados. Tratava-se de uma revolução, uma vez que a troca de informações nunca se dera de uma maneira tão rápida e dinâmica.
Apesar de todo este avanço, não demorou muito para chegarmos a uma rede mais participativa, a chamada “Web 2.0”, com a revolução dos blogs e chats, das mídias sociais colaborativas, das, hoje indispensáveis, redes sociais e todo tipo de conteúdo produzido pelos próprios usuários.
A interatividade antes quase que restrita, passou a ser o elemento mais valorizado na rede, a internet alcança níveis mundiais em praticamente todos os segmentos, ao ponto de se tornar obrigatória para qualquer um que queira ter sucesso no mercado. Por meio do YouTube, Facebook, Flick, Picasa, Wikipédia e muitas outras redes sociais , todos passaram a ter voz, que passou a ser escutada e respeitada fielmente.
SEO (Searching engine Optimization)
Os sistemas de SEO (Searching engine Optimization), engenharia de algoritmos baseados em palavras-chaves, passaram a ser altamente valorizados e aperfeiçoados, e a partir deste ponto a rede começamos a entender e perceber uma rede muita mais preocupada a “dar semântica” ao seu conteúdo.
XML e a RDF
A web aos poucos vem se adaptando neste sentido, duas importantes ferramentas de desenvolvimento já estão em vigor, a XML (Extensible Markup Language) e a RDF (Resource Description Framework), que apesar de funcionalidades diferentes trabalham com tecnologia de metadata.
Outro exemplo disto são as tradicionais estruturas de marcação de páginas criadas em HTML que, em sua quinta e mais recente versão, trazem como principal novidade, além de novos recurso e funcionalidades ao usuário, uma severa preocupação de orientar, de forma correta e precisa, os buscadores e redes sociais sobre todos os dados e informações contidas no site. Novas tags e funções sintáticas permitem que o desenvolvedor atinja com êxito e de forma mais detalhada tal objetivo.
Nova Era
Hoje podemos dizer que vivenciamos uma espécie de “transição”. Os especialista, apesar de cautelosos, se atrevem a dizer que estamos entrando em uma nova era, a da “Web 3.0”! O que seria ela? Seria o resultado de toda esta semântica aplicada de forma sistêmica ao conteúdo da rede. De tal maneira que o cruzamento organizado dessas informações dotaria a web de uma inteligência artificial. Na verdade já é possível presenciar alguma coisa deste tipo, com sites e aplicações mais inteligentes, preferências personalizadas e publicidade baseada nas pesquisas e no comportamento de cada indivíduo. A revolução trazida com o uma Web Semântica apenas dá curso a ideia com que a informática e as tecnologias surgiram, a de tornar as coisas mais fáceis para os seres humanos.